NÃO DEU EM NADA A REUNIÃO DO SINDICATO COM O GOVERNO....

Não houve avanço nenhum na reunião do sindicato com o governo, isto já era de se esperar. O sindicato foi sozinho com sua trupe, a mesma, a velha e antiquada- aquela do discurso morno: "Não vai dar ... vamos recuar..." Foi assim na última, penúltima greve e todas as perdidas. E nós lá na praça aguardando o pesadelo iniciar. E reiniciou estes anos todos, da moléstia que é este governo e este sindicato.

O sindicato colocou na cartilha que até o recreio conta no módulo II mas ninguém no Estado respeita isto. Os agentes do governo dizem não e o diretor referenda. Eu falei para o sindicalista aqui do norte: " mas o sindicato não garante nem o que põe na cartilha"... Estão reivindicando agora para o governo o que já escreveram que valia na cartilha distribuída . Foi só o que fizeram dia 27/05, reivindicar o que disseram que tínhamos. Horrível este tipo de representação. Parece mais teatral que real. E nós, os fantoches.

Eles tem culpa, mas nós mais ainda- não fazemos nada, não panfletamos mais, não temos grupos alternativos, não fazemos pressão no sindicato...Como vamos fazer pressão no governo? As perguntas nos blogs são sempre as mesmas, mas ninguém apresenta absolutamente nada de concreto para mover o Estado. O discurso é vazio. Minas nunca acende a fogueira.

 Para alguns só vale se for pela GREVE, nem se for só pela resistência. Mas ninguém entra numa briga para perder, tem que ter  perspectiva de vitória. Entrar para perder é dar um tiro no próprio pé. Temos que ser mais inventivos e construir as lutas e, primeiro elas passam pelo questionamento do próprio sindicato, passa pela cobrança nas assembléias, pela crítica feroz e se não der de forma alguma,  pela ruptura.

O governo é o alvo- isto é o óbvio! Mas temos que questionar com quem andamos, o que temos feitos, quais os avanços e retrocessos. Senão partimos para uma nova cruzada inútil.

Venci muitas greves e já ganhei um salário mais decente que este, não vivia sob o rigor de governo nem de direção, muito menos estas  horas excessivas de trabalho e não éramos muito diferentes do que somos hoje. Com uma única diferença, éramos todos da esquerda. Agora nem sabemos o que somos. Direita e esquerda para mineiro é a mesma coisa.  Daí, as entidades que nos "representam" aproveitam da nossa alienação política e deitam e rolam e o governo tripudia.

Vou perder mais uma vez o meu tempo e bater na mesma tecla- primeiro temos que "bater" no sindicato para eles aprenderem que não estamos mortos. Segundo, temos que arrebentar nas urnas derrotando o PSDB e eles tem que tomar ciência disto- da nossa resistência.. E para tanto, temos que fazer alianças com os opositores do governo e escrever para eles de forma contínua. Encher suas caixas de emails cada vez que o governo e o sindicato se encontrarem e/ou cobrar deles as denúncias na grande mídia contra a monstruosidade que somos vítimas. O jornal Hoje em Dia deu notícia das barbaridades, mas não pode parar só nisto...num único dia de denúncia. Elas tem que ser contínuas- todos os dias.

3 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Marly, interessante sua luta em prol da educação.
    É sabido que o instrumento GREVE já está deteriorado. Seria possível, todos os professores das próprias escolas, articularem um dia D, para panfletarem, conversarem com a comunidade, expondo as dificuldades da educação? para que isto aconteça será necessário um articulador em prol deste dia. Os professores promoveriam o dia da conscientização mas haveria aula normalmente. Faríamos este momento no início das aulas e intervalo. Poderíamos usar cartazes com frases desconcertantes como: Pai, mãe, você desejaria que seu filho fosse professor? quanto vale uma vida? você acredita que a educação muda tudo? por que você não apoia a causa dos professores? Não estamos em greve. Estamos reivindicando para espantar o fantasma da greve. Vai nos apoiar? Esta ação deveria ser feita em todas as escolas de Minas. Queremos sustentar nossa família com dignidade. Salário justo para que Minas volte a crescer. Cada professor(a) bancaria seu material de abordagem.Seria possível esta ação? talvez seja bem fantasiosa a ideia. O que você acha? Li recentemente na revista Veja, a fala de um juiz que disse que eles têm família para sustentar e que estão extremamente defasados seus salários, imagina o salário dos professores?

  1. Marly Gribel disse...:

    Gostei da idéia caro anônimo! Digna de publicar.

  1. Anônimo disse...:

    sabe alguma coisa sobre o novo estatuto do servidor publico?

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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14:09 29/07/20103