quarta-feira, 2 de maio de 2012 |
8
comentários
Enquanto milhares de pessoas no mundo inteiro, inclusive em vários países da América Latina saíram às ruas nas manifestações do dia internacional do trabalho para protestar, reivindicando melhorias salariais e das condições de trabalho, o Brasil festejava no estilo que a burguesia oligárquica gosta: festas e shows, no conhecido e popular: pão e circo, dando mostra do que significam as Centrais sindicais no Brasil - atreladas totalmente a máquina estatal, numa demonstração de fraqueza sem par diante dos horrores que ora vivenciamos Brasil afora- salários aviltantes, saúde e educação totalmente desmanteladas, corrupção na pauta do dia com a CPMI- Comissão Parlamentar Mista do Inquérito no Congresso Nacional para investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários de diversos partidos, incluindo o PT.
Não esquecendo que o Novo código florestal aprovado por deputados retrocede as leis ambientais no Brasil, caso a presidenta não vete o Projeto da bancada ruralista em curso. Vamos trabalhar nas redes sociais para que a presidenta VETE.
Não havia nada para comemorar no Brasil, havia sim, mil razões para protestar, como fizeram vários países da América e Europa. Mas o Brasil , um dos países mais marcados pelas desigualdades sociais, onde as diferenças de renda são brutais e mais ou menos 20 milhões de pessoas ainda passam fome comemorou-se o Dia do trabalho ao estilo burguês, com festas e distribuição de brindes. Lamentável!
Para não dizer que tudo foi perdido, assisti solitária em minha casa uma reportagem na globo News , no Milênio, com o jornalista Washington Novaes, onde o mesmo expõe de forma clara o que é o país hoje- um país controlado pelos cartéis, pelos mercados compradores e financeiros- um país em que a desigualdade é aviltante e as diferenças de renda são gigantes.
Ele fez duras críticas a este modelo que ele chamou de "desenvolvimento a qualquer preço" e destacou que um dos fatores fundamentais para o Brasil avançar seria investir mais na base da formação dos brasileiros- A Educação básica.
O que temos presenciado é exatamente o contrário, o viés governamental trabalha exatamente contra estes avanços, prova disto é a eficácia destes governos em descumprir as leis, e dentre eles a do Piso salarial Nacional de valorização dos educadores e dos avanços na Educação básica. O que temos visto é um retumbante retrocesso.
Por fim, destacar a fala de um grande companheiro, o Rômulo do NDG que deu o seguinte depoimento no blog do Euler e que espero que sirva de exemplo para todos nós:
Na noite de véspera do dia 1º de maio, dia do internacionalismo proletário, fui dormir com a imagem da cara gorda da Presidente Dilma, que em horário nobre habitava a tela do meu televisor. Ela afirmou taxativamente que a vida do povo brasileiro melhorou consideravelmente e agradecia a cada trabalhador e trabalhadora. Da sala, grito Dona Angela, minha querida mãe(ex presa politica do regime militar), que repousava em seu quarto:
_"Tá vendo mãe! Olha a demagogia da delatora. E os 11 presos políticos das obras de Jirau?"
Fritei um ovo e fui dormir com a cabeça doendo.
Acordei bem cedo, fui comprar pão e andando pelo Cu da Lagoinha (onde moro e famoso ponto de crack de BH), não consegui saudar os "ex-trabalhadores" que estavam deitados nas calçadas com os seus cachimbinhos e os olhos arregalados.
Chegando em casa, acessei a net e li uma nota do Ministério da Saúde que afirmava que chega a quase 2 milhões o número de usuários de Crack no Brasil, 1% da população.
Fui para o Marreta, celebrar o 1º de maio com os operários e camponeses.
Não tinha sorteio de carros e nem motos...mas era uma celebração vermelha, muito vermelha!
O inimigo ainda é o Estado Opressor. Reafirmamos nossa decisão de lutar implacavelmente pela felicidade da nossa classe.
Ao abolir as últimas leis de autodeterminação nacional, além das conquistas trabalhistas e democráticas, o Estado empurra para a ilegalidade as reivindicações mínimas dos trabalhadores e se opõe a tudo o que é nacional, principalmente o povo — tratado como bem semovente.
O próprio chão só é brasileiro quando o camponês resolve tomá-lo do latifundiário usurpador — para sua família e a de seus camaradas. E os operários só se sentem dignos e nacionais quando lutam, como os de Jirau e Belo Monte.
No dia 1º de maio, mais uma vez, levantamos a bandeira da Revolução e por mais difícil que possa parecer, por mais utópico que seja e mesmo que parte da classe não confia nela mesmo, nós confiamos na classe operária.
Como disse um camarada um dia desses, nós não sabemos e nem escolhemos como morrer, mas nós podemos escolher e saber como viver.
Um forte abraço!
Rômulo
_"Tá vendo mãe! Olha a demagogia da delatora. E os 11 presos políticos das obras de Jirau?"
Fritei um ovo e fui dormir com a cabeça doendo.
Acordei bem cedo, fui comprar pão e andando pelo Cu da Lagoinha (onde moro e famoso ponto de crack de BH), não consegui saudar os "ex-trabalhadores" que estavam deitados nas calçadas com os seus cachimbinhos e os olhos arregalados.
Chegando em casa, acessei a net e li uma nota do Ministério da Saúde que afirmava que chega a quase 2 milhões o número de usuários de Crack no Brasil, 1% da população.
Fui para o Marreta, celebrar o 1º de maio com os operários e camponeses.
Não tinha sorteio de carros e nem motos...mas era uma celebração vermelha, muito vermelha!
O inimigo ainda é o Estado Opressor. Reafirmamos nossa decisão de lutar implacavelmente pela felicidade da nossa classe.
Ao abolir as últimas leis de autodeterminação nacional, além das conquistas trabalhistas e democráticas, o Estado empurra para a ilegalidade as reivindicações mínimas dos trabalhadores e se opõe a tudo o que é nacional, principalmente o povo — tratado como bem semovente.
O próprio chão só é brasileiro quando o camponês resolve tomá-lo do latifundiário usurpador — para sua família e a de seus camaradas. E os operários só se sentem dignos e nacionais quando lutam, como os de Jirau e Belo Monte.
No dia 1º de maio, mais uma vez, levantamos a bandeira da Revolução e por mais difícil que possa parecer, por mais utópico que seja e mesmo que parte da classe não confia nela mesmo, nós confiamos na classe operária.
Como disse um camarada um dia desses, nós não sabemos e nem escolhemos como morrer, mas nós podemos escolher e saber como viver.
Um forte abraço!
Rômulo
Devemos lutar contra exploração do trabalho, a alienação do trabalho e da consciência humana, só assim poderemos avançar na luta pela emancipação humana.
Um abraço. Marly
8 comentários:
De fato não temos nada a comemorar. Só lástimas. A última é o malsinado projeto de lei 3099/2012 que quer nos cassar mais um direito que nos é assegurado no Estatuto do Magistério.
Por isso mesmo eu quero dar um aviso de utilidade pública a todos os colegas que já têm tempo de exercício e idade suficientes para solicitarem o benefício do afastamento da docência. AJAM O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, se possível por via judicial. TIVE INFORMAÇÕES FIDEDIGNAS DE QUE NENHUM PEDIDO DE AFASTAMENTO DA DOCÊNCIA FEITO DE JANEIRO ATÉ HOJE FOI DEFERIDO. A SEPLAG nem deferiu e nem indeferiu. Isto significa que eles estão deixando a gente na expectativa da publicação, e aí vem a nova lei e cancela tudo.
Gente, colegas nossos, vejam o ditado: CAMARÃO QUE DORME A ONDA LEVA.
Gente, vamos comentar aqui no blog da companheira de luta Marly Gribel.
Leiam e comentem o alerta que eu fiz no comentário acima.
Lembrem-se que a lei não pode retroagir para prejudicar ninguém, e que os que já preenchem os requisitos já devem solicitar o afastamento da docência.
Prof João Paulo Ferreira de Assis, pode expicar por favor?
Tenho 28 anos de estado e 52 anos!
Explique direito, preciso entender!
Obrigado Marly
Atenciosamente
Prof. Ronney
Boa Noite Professora Marly
amo ler seus textos, são brilhantes, o sindicato precisa de pessoas como você, honestas , dignas!
conte com meu apoio!
Prof. Milton
este blog é seu?
http://www.dzai.com.br/httpwwwgribelblogspotcom/blog/wwwgribelmblogspotcom?pag=2
abraços
É simples. Na expectativa de que a nova lei será aprovada, a SEPLAG está deixando sem resposta os pedidos de afastamento da docência, com o fim de deixar os professores sem saber como estão os seus processos. Assim, muitos que creem que o seu processo será deferido poderão ser surpreendidos com a nova lei que revoga o afastamento. Não mencionei a fonte desta informação, por temer que a pessoa, que é funcionária de SRE pudesse ser perseguida. No dia que estive na SRE da minha região ela me disse claramente: - Não quero desanimar o senhor não, professor, mas nenhum pedido de afastamento da docência foi deferido e nem indeferido pela SEPLAG.
Acho, sinceramente, Professor Ronney, que nós não devemos esperar nada da SEPLAG. Eu já decidi. VOU PARA A JUSTIÇA. Não aguento mais. Estou com apneia e não tenho condições de adquirir o CPAP. Sem ele não durmo direito. Acordo 400 vezes por noite. Isto me obriga a ir para a sala de aula cansado, produzindo menos do que sou capaz, e para não me sobrevir a sonolência vespertina, tenho que ficar os 50 minutos em pé, o que agrava o meu linfedema (inchaço das pernas). Minha tromboflebite voltou e minha perna direita está com uma grande mancha arroxeada.
E o Estado quer que eu permaneça em sala de aula, com 25 anos de exercício e 53 anos de idade!
Sem contar o caso da professora cujo afastamento foi publicado e já foi convocada pela SRE para voltar para a sala de aula. (Informação no blog da Beatriz Cerqueira).
Um abraço aos amigos que me escrevem e que me ajudam a responder aos colegas também, Com dois cargos no estado, é difícil atualizar o quadro de perguntas e respostas. Ao profº Milton, obrigado pelas palavras, que me incentivam a a persistir nas denúncias. Quanto ao blog do Dzai, é sim, fiz em 2010 , mas deixei lá esquecido. (rs) Um abraço!
João Paulo Ferreira de Assis PELO Cristo professor, quer dizer que vou ficar se aposentar?????????????
30 anos de magistério e 50 anos de idade!!!!!!!!!!!!!
Sempalavras para seus textos prof. Marly, você e Euler são ímbativeis!
Abraço
Prof.Joana
Você não ficará privada do direito de se aposentar.
O afastamento da docência de acordo com o artigo 152 do Estatuto do Magistério, pode acontecer (por enquanto) aos 25 anos de exercício e 45 de idade. No seu caso já é para aposentadoria. No meu, eu tenho ainda de cumprir cinco anos em biblioteca.
Postar um comentário