segunda-feira, 7 de novembro de 2011 |
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Mas uma das inúmeras rodadas de negocição(?) entre a Comissão Tripartite( o nome correto deveria ser Comissão reunida para enrolar professores pós greve de 100 dias).
Fica aqui a observar as reações da categoria: são mais de revolta pura e simples do que do movimento natural: ação/reação. Estamos assistindo a enrolação sem apresentar na prática uma solução para reavivar na memória desta gente do governo e do Parlamento o que foi acordado nos termos finais da greve: a negociação do Piso Salarial na Carreira do magistério.
Esta prática de tortura, lenta e gradual se tornou rotineira na chamada Comissão tripartite- estamos na 6ª rodada de negociação sem que absolutamente nada de concreto na carreira do servidor esteja resolvida. A proposta apresentada pelo governo foi abjeta e obviamente rejeitada pela diretoria e pela categoria em ânsias de sofrimento. Eu, particularmente, estou literalmente doente- acometida por todas as síndromes, inclusive a mais perigosa: perdi a vontade de lecionar.
Não creio que os erros cometidos durante a greve estejam situados num ponto específico: No sindicato ou mesmo no governo. Foi no cerne da categoria; no medo de perder o cargo, na falta de perticipação dos eventos públicos e políticos da greve, no retorno desordenado, na fraqueza daqueles que não conseguem avançar além dos seu próprio ponto de vista. Perdemos a noção do coletivo e mergulhamos na mediocridade da individualidade extrema e fomos derrotados. Agora atiram pedras para todo lado. O sindicato fez a parte dele , o governo obviamente a dele e nós?
Beatriz escreve no seu blog- leio sempre e acho que ela não mente, não fingi, não se esconde; pelo contrário, chama a luta, faz as propostas corretas. Mas até agora não houve resposta. Até as coisas simples que ela propôs não estão sendo respeitadas. Ou paramos para ouvi-la ou continuaremos na contra-mão da história.
PS: Mergulhada em mim mesma, fui em busca da beleza- A ópera La Bohème de Puccini. Em breve escrevo sobre este eterno elemento: o amor.
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