Sobre o medo e as negociações.??????

Li vários textos nos blogs sobre o dia 15 se outubro, data imaginário do dia do professor. Particularmente, acho uma falta de bom senso imaginar que professores em plena degola tenham condições de comemorar ou contribuir em qualquer discussão para melhorar ou aperfeiçoar a farsa que esta data representa e sempre representou em nossas vidas. Como tantos outros jargões que comemoram a mentira/eternas falácias - a repetição de sucessivos equívocos do Brasil, que vive do famoso faz de conta. Temos que parar de mentir para nós mesmos.

Que dia  professor foi valorizado no Brasil? sempre fomos vítimas, enredados nas sujeiras da política que prioriza seus próprios riscos e privilégios e condena milhões de trabalhadores a esta condição sub-humana, muito próxima e esta que ora vivenciamos- piorada nestes dias onde paira no ar tempos bestiais, marcados pelo  terror, ditadura e falta de respeito deste governo de Minas, representado pelo PSDB para com os trabalhadores no seu conjunto, incluindo nesta lista professores, pais e alunos dos Estado de MG, e em tese, todas as categorias profissionais que não fazem parte do grupo de privilegiados de MG há 300 anos E pior, a corja  continua impune, acima das leis.

Li também sobre "prováveis proposições" futuras da vida funcional dos servidores, escritas por letras de deputados que conseguem ser mais agéis que o sindicato para postar. Não sabemos ainda o que virá- mas o que vier,com certeza é fruto da tenacidade daqueles que não se entregaram e que inclusive estão dispostos a voltar à luta se preciso for para arrancar aquilo que ninguém pode nos tomar: O Piso Salarial. Afinal de contas, não foram  eles mesmos que aprovaram?

Chega de farsa! A verdade é sempre a via mais próxima do real.



2 comentários:

  1. Cida Araújo disse...:

    E pensar que em outros tempos, não muito distantes, já fomos reconhecidos, não só no "nosso dia", mas em todos os outros de nossa vida em salas de aula. Lembro-me de belas homenagens, de festinhas organizadas em surdina, de ramalhetes ou rosas tímidas, de cartinhas e bilhetinhos carinhosos, papel de bala com recadinhos carinhosos, quadro negro com nossos nomes em letras bem desenhadas... Lembro-me de tudo isso com saudade e vontade de sentir de novo aquele carinho e reconhecimento que eu sei, fora preparado por muitas mãos e até com a ajuda dinâmica do serviço pedagógico ou até da direção da escola. É do carinho e do reconhecimento dos alunos que todos nós sentimos falta. Ah, como sentimos! Dia do professor tem que ter participação de aluno; afinal (que ninguém ouse dizer o contrário), é para eles que direcionamos os nossos esforços, a nossa inesgotável criatividade, a nossa paciência... Exercitamos com eles,diariamente, a nossa tolerância, suportando coisas inimagináveis e absurdas que nem com nossos próprios filhos suportaríamos. Para eles temos doado o que de melhor temos; sim, cada um de nós, com suas limitações, ou não, com seu jeito tímido ou agitado, com voz estridente ou suave, com postura firme ou flexível, tem dado o melhor de si. Por isso, é tão decepcionante no dia do professor ( ou um dia ou dois depois do dia 15 de outubro), não receber nenhuma manifestação de carinho da parte dos nossos alunos. Eles se esqueceram de nós! E não há ninguém que os ajude a lembrar.

  1. Anônimo disse...:

    Professores receberão 13º salário até a primeira quinzena de dezembro
    Professores e deputados fazem reivindicações ao governo
    Governo nega retornar com diretores e vices exonerados durante a greve na educação
    De acordo com a SEE, as faltas greve que não foram repostas serão descontadas nas folhas de dezembro de 2011 e janeiro de 2012. O desconto foi adiado e dividido com o objetivo de não causar muito impacto financeiro no orçamento mensal do professor. Além disso, o governo decidiu pagar o 13º salário em parcela única em dezembro. A expectativa é que este pagamento seja feito até o dia 14.

    O acordo prevê ainda anistia do efeito das faltas greve na vida funcional do servidor nas seguintes condições: quando a aula tiver sido reposta através de substituição; no afastamento legal do servidor durante o período de reposição; quando houver simultaneidade do horário de reposição no caso de servidor com dois cargos em escolas diferentes, devendo o mesmo optar pela reposição em um dos cargos; na impossibilidade de reposição devido a remoção ou mudança de lotação do servidor e quando o servidor cuja designação tiver se encerrado durante a greve ou antes de completada a reposição.

    Outro ponto que garante aos servidores não sejam prejudicados pela falta greve se refere à aposentadoria, uma vez que a adesão ao movimento grevista não impedirá o início do processo de aposentadoria do professor que já tiver direito ao benefício. Já aqueles docentes que tinham direito a férias-prêmio e aderiram a paraisação só poderão desfrutá-la após reposição das horas/aula devidas. Os que não aderiram ao movimento e têm direito ao benefício poderão usufruí-lo a partir da publicação do acordo.

    A síntese da decisão, tomada pela comissão composta por representantes do governo, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais e deputados, foi elaborada nesta quarta-feira depois de mais um encontro, que contou com a presença da secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola, do subsercretário de Gestão de Recursos Humanos, Antônio Noronha, e da coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira. Todos os detalhes do acordo deverão ser publicados oficialmente na próxima sexta-feira.
    Paulo moc minas

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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