Para onde caminha a Educação em Minas Gerais?

 
O Manifesto abaixo foi escrito pelos pais  de alunos da rede pública de Minas Gerais, que estão ficando cansados da enrolação do governo com a demora para o cumprimento da Lei   11738 que dará fim à greve.

Os pais, estão como nós, cansados das armadilhas ardilosas deste governo que não respeita nenhum princípio - nem moral, nem legal e insiste em descumprir a Lei com a anuência dos outros poderes.
 
Estamos exigindo apenas o que é nosso: o direito de trabalhar dignamente, os pais exigindo o direito dos filhos de estudarem, os alunos aguardando ansiosos o retorno às aulas. Basta uma rodada de negociações e acertos finais do Piso estipulado em Lei entre o Sind-UTE e o governo e o impasse termina.
 
Mas não! Anastasia insiste em prolongar o sofrimento do povo, insiste em lutar contra professores que incansavelmente não desistirão da luta porque já decidiram pelo TUDO! -Pelo Direito, pela Lei! Professores que sabem que se retornarem agora terão suas carreiras arruinadas, sua fé nas instituições findadas, suas forças comprometidas por muitas gerações.

E uma geração inteira sofrerá com o peso de qualquer derrota sofrida nestes longos dias, porque a moral e  a dignidade serão alteradas, a rota da história  atropelada e aqueles que ensinarão nas escolas serão homens e mulheres comprometidos:  sem lei, em desordem moral, ética e social. O compromisso entre as partes conflitantes( Estado/Servidores) deixará de existir e uma classe extremamente combalida e doente retornará para as salas, em constante  desobediência civil.

Já não é possível o retorno, o recuo, ou qualquer outra forma de pôr fim a esta greve, a não ser através da negociação, pois do contrário, comprometeremos não só a nós mesmos , mas as crianças, o ensino, o encadeamento normal da história da educação em Minas Gerais.

Já não é possível o retorno sem negociação porque de todas as formas possíveis o governo usurpou de Minas um direito sagrado: o Direito à Educação de Qualidade. O Direito reclamado pelos pais e alunos e profundamente exigido pelos professores- A urgência de negociações para pôr fim ao sofrimento daqueles que sabem que Educação faz diferença  na vida das pessoas.
 
Marcharemos no dia 07 de setembro pela nossa dignidade, pelos nossos direitos, exigindo do governo  a negociação do Piso Salarial já aprovado em LEI! Aguardamos os pais, os alunos, para juntos vencermos esta batalha!
 
 



Pais de Alunos da rede pública de Minas Gerais, vamos nos unir já que Excelentíssimo Governador de Minas Gerais, não aceita negociar com os professores, que reivindicam melhores condições de trabalho e implantação do piso nacional determinado por Lei Federal, prejudicando os nossos filhos que estão fora das salas de aulas desde o dia 08 de junho de 2011.
Essa atitude do Governo deixa claro que a preocupação do Estado em relação a qualidade do Ensino Publico Mineiro alcançou o nível zero, uma vez que a preocupação demonstrada foi apenas com os alunos de 3º Ano do Ensino Médio que estão as portas do Vestibular e ENEM. Sendo que o tempo que resta para fim do ano letivo e insuficiente para prepará-los dignamente. Além da questão citada anteriormente temos outro questionamento: qual a providencia cabível em relação aos alunos do Ensino Fundamental até o 2º ano do Ensino Médio que já contabiliza 84 dias sem aulas (30/08/11)?
 
Será que não faz parte da democracia usar o método da negociação para beneficiar a população que esta sofrendo as conseqüências da imparcialidade deste governo.
 
Será que nossos filhos serão indenizados pela ausência da aplicação do direito a educação que é regido pela Constituição Federal e Estadual?
 
Constituição Federal
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
DA EDUCAÇÃO
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
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Constituição Minas Gerais
Seção III
Da Educação
Art. 195 – A educação, direito de todos, dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, com vistas ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualifi cação para o trabalho.
Parágrafo único – Para assegurar o estabelecido neste artigo, o Estado deverá garantir o
ensino de Filosofia a, Sociologia e noções de Direito Eleitoral nas escolas públicas do ensino médio.
 

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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