quarta-feira, 14 de maio de 2014 |
0
comentários
Não resta mais nenhuma alternativa para a categoria - só a greve. É lamentável tudo que vem ocorrendo com o funcionalismo público, mas a situação nossa é de tamanha gravidade, de extremo desrespeito e descaso do governo do PSDB com a educação, com a lei, que fica impossível ficar indiferente, inerte e assistir passivamente a este circo e cerco.
E digo lei porque não respeitam nem as coisas mínimas- Coisas pequenas como o direito a progressão prometida e não paga, o direito a férias-prêmio suspensa este ano. Nem estas migalhas previstas em lei são cumpridas. Para não falar no fim da nossa carreira com o subsídio, que congelou definitivamente os salários. De uma imoralidade tão aviltante que não cabe mais nenhuma dúvida. Nem a "mesa de negociação" para enganar tolos, nem isto foi feito pelo governo.
Seria muita pobreza de nossa parte aceitar isto de cabeça baixa. É chegada a hora do levante... Quantos serão os insurretos? não sabemos. Mas eles tem que surgir e permanecer acreditando na justiça e no direito e alimentando os sonhos... Não acredito em greves movidas por pequenos grupos ou baseadas apenas num parecer de um grupo, mas, acredito num concurso de agentes que alavaquem a greve e argumentem ostensivamente com o governo e também com o sindicato, entendendo o sindicato como um instrumento para a garantia de direitos e não para manipulação de interesses, sejam eles quais forem. Os agentes principais não são eles, somos nós.
Seria muita pobreza de nossa parte aceitar isto de cabeça baixa. É chegada a hora do levante... Quantos serão os insurretos? não sabemos. Mas eles tem que surgir e permanecer acreditando na justiça e no direito e alimentando os sonhos... Não acredito em greves movidas por pequenos grupos ou baseadas apenas num parecer de um grupo, mas, acredito num concurso de agentes que alavaquem a greve e argumentem ostensivamente com o governo e também com o sindicato, entendendo o sindicato como um instrumento para a garantia de direitos e não para manipulação de interesses, sejam eles quais forem. Os agentes principais não são eles, somos nós.
Entendo sindicato como mecanismo de organização, não como mecanismo de manipulação. Se manipulam é porque permitimos, se no passado recente negociaram paralelamente com o governo sem ouvir a categoria é porque permitimos. Se conduzem de forma errônea as estratégias de luta , também permitimos. Os espaços de discussão não podem se resumir exclusivamente nas decisões do conselho geral, elas tem que iniciar e encerrar na Assembléia de rua. As últimas foram decididas pelo Conselho geral com o empurrão de deputados ditos de " esquerda" .
Beatriz fez suas últimas considerações na Rádio Itatiaia. Colocou todos os problemas que a categoria enfrenta, omitiu alguns, mas os principais estão colocados e, pelo volume e pela gravidade e pela nossa dignidade não resta mais saída para nós : não existe argumentos contrários, só a greve poderá romper esta tensão.
A assembléia está marcada, dia 15 e o indicativo de greve também. Que nos resta nesta noite escura e agonizante?
Temos dúvidas em relação a este sindicato? Inúmeras. Mas sempre penso que forças contrárias são capazes de romper forças estratificadas. O sindicato chama a greve e nossa responsabilidade enquanto educadores e avaliar nossa situação, nosso compromisso com a educação e entender que o que move as lutas não são grupos isolados e sim a ação coordenada de todos para o bem da coletividade. Que surjam forças capazes de arrancar politicamente o que nos foi usurpado.
Forças que mobilizem novas ações políticas, porque a greve é política, visto que somos seres políticos. Política, porque fomos massacrados sistematicamente uma década por um mesmo grupo político: O PSDB e seus aliados no Parlamento e, temos que dar respostas. Chegou a hora: são tempos de eleição.
Em tempo: me encontro de licença e buscando o ajustamento funcional, visto que me aposentei de um cargo ano passado após 27 anos de serviço. Obviamente, após 27 anos de profissão o esqueleto fica danificado e me encontro em tratamento. Nunca driblei uma greve em Minas Gerais. Fiz todas e só me retirei da praça no último suspiro da categoria, mesmo quando toda a escola já havia recuado. Estou à disposição da categoria para avaliar, denunciar e criticar.
0 comentários:
Postar um comentário