Paralisação Nacional- uma boa hora para o NDG refletir.




Temos três dias de Paralisação Nacional. Com certeza não vamos arrancar o Piso Salarial e outros direitos perdidos, mas pode ser um tempo de reflexão para uma Nova Greve Estadual, para surgimento de novas conspirações e fortalecimento de novas facções como o NDG. 

Principalmente, pode ser um momento para avaliação dos erros cometidos nas ultimas três greves; todas desastrosas! 
Mas porque foram desastrosas? Porque só um grupo manipulou o seu desfecho: A Articulação. 
Na ultima greve surgiu um núcleo diferente: o NDG. Foram eles que radicalizaram a greve, que colocaram em xeque todos os poderes constituídos: foi o momento de ocupação da Assembléia Legislativa, do acampamento, o momento do flash da imprensa, do repúdio dos deputados burgueses e principalmente da abertura real de negociações com o governo. Infelizmente o comando de greve decidiu pela suspensão da greve. Que fique claro para a categoria: O NDG não queria o recuo, queria vencer! 

Hoje, os do NDG estão por aí, esparramados- não sei por quais acampamentos, mas conheci alguns: Rômulo, um professor jovem mas com grande poder de oratória e argumentação , João Martinho , sempre ao lado das lutas, mesmo com os da Articulação,  Ivete e Wladimir, grandes intelectuais e Pulquéria e Murilo aqui do norte de Minas. Estes conheci em um único encontro em BH convocada pelo então professor Euler.

O NDG é uma agremiação diferente da Articulação, não tem ainda um perfil definido e eu não tenho dimensão do seu tamanho, nem do seu poder, porque ainda não dialogo com eles. Mas sei que são muitos, educadores que como eu querem escrever novas páginas na Educação e uma delas passa pela recuperação do Piso roubado. 

Mas antes de tudo, precisamos controlar esta gente que ocupa o sindicato. Tão simplória que acreditou na assinatura de um homem insignificante- o Danilo de Castro e interrompeu uma greve praticamente vitoriosa, utilizando de velhas desculpas: a greve finda, o recuo dos professores, a contratação de meia dúzia de professores para os nossos cargos, as multas e a inconstitucionalidade da greve decretada sem nenhum amparo constitucional. 

QUANTA BOBAGEM! O campo era nosso, a elite parlamentar incomodada, o retrato da pobreza dos educadores estampada na mídia, o caos estabelecido...não cabia mais nenhum recuo, muito menos a derrota. E elas aconteceram. Foi o maior vexame os dias que sucederam a suspensão da greve e a "negociação" com o governo- resultaram na derrocada da nossa carreira. 

Depois disto, nenhum levante, nada que possa ser publicado no site do sindicato pode ser considerado relevante.

Mas a hora é de reflexão: temos três dias de luta nacional, três dias para refletir fora das pressões da escola, três dias, inclusive, para pressionar o sindicato como faço agora. 

Me encontro de licença por problemas de saúde, mas minha profissão será sempre a de professora do Estado de Minas Gerais e minha agremiação tem sigla: NDG.

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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14:09 29/07/20103