Pérolas de Búzios- Mesmo quando estamos infelizes podemos viver momentos memoráveis!

Fui  em Armação de Búzios, um município da microrregião dos Lagos no estado do Rio de Janeiro para curar devagar minhas feridas. Vitima que sou da busca incessante pelo belo  fui atrás de refúgio. E como foi bom e lindo....caminhar de pés descalços pela areia fofa e branca, ver o ondular das ondas e o arrebentar branco da espuma! Fui encontrando o selvagem: praias pequenas, sem banheiros, sem "infraestrutura". E fui me tornando selvagem como a paisagem- a mata atlântica, os rochedos, o balanço suave das águas, as embarcações. Tudo tão rústico e simples e belo como deveria  ser o homem. Fui me desfazendo no azul perfeito da transparência das águas, junto aos peixes, águas vivas...tão transparentes as águas como um véu de noiva. A viajante foi se  ocultando na doçura, nas coisas simples, no primitivo e no eterno: Ferradura e ferradurinha, azeda e azedinha, tartaruga , ossos e João Fernandes - nomes de belas praias, algumas de águas frias e calmas, outras um pouco mais morninhas. Mas todas lindas! Mergulhei naquela calma, naquele sol, na brisa, à noite quase fria.

Caminhei nas rua das Pedras, repleta de bares, lojas e turistas, principalmente argentinos. Como havia argentinos e elas eram lindas, femininas, vendendo adereços na praia. Elas próprias servindo de modelo para suas peças. Fui me enfeitando de ternura, de sol,  água... os elementos vitais.

 Até o hotel que fiquei me lembrou a caverna dos flintstones- o Pérola Búzios- um achado quase primitivo no meio da exuberância límpida de Búzios. Máscaras africanas nas paredes, pinturas rupestres em mármore branco, desenhos coloridos nos pisos e um aconchegante recanto para o descanso frente as piscinas. Pequenas casinhas suspensas, como aquelas feitas no quintal para as crianças! Adorei isto! 

Viajei para o Rio, a cidade mais linda do Brasil  com aquela enseada azul turquesa, verde esmeralda, todas as cores possíveis próximas ao verde e ao azul existem por lá!  O mar é bravo, de ondas altas, pelo menos em Copacabana e Ipanema, e a água é bastante fria. O Cristo estava lá de braços abertos e milhões de máquinas abertas para o click. Se todos que fossem por lá seguissem o Cristo o mundo estava salvo. Mas o mundo vive de aparências , vícios e bandidos vários, isto pelo planeta afora. 

 A Confeitaria Colombo foi outro belo encontro desta viajante- a sensação de entrar  na casa dos espelhos, linda e cheia de charme como as riquezas da Europa. Muito dourado, espelho e luxo, um belíssimo café digno de ser visitado. Tomei até uma taça de champanhe!

Fui e encontrei um pouco de alegria diante da beleza, mesmo no meio de toda minha turbulenta tristeza.  

Bem, já voltei para Minas e fui ler os blogs:  algumas novidades aconteceram: Euler, enfim, descobriu o Brasil e vai votar em Dilma e o sindicato que desdenhou tanto dos 5%  alegando que não queria esmola foi  correndo atrás de Rogério Correia( correligionários) para votarem os 5% no "Parlamento". O acampamento de criança não funcionou mesmo na porta do Palácio imperial. Vai entender?

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