O acampamento no Palácio das Mangabeiras poderá resultar em 5% nas tabelas de subsídio. É pegar ou largar.

O ano está findando, e o calendário de lutas do SindUTE não avançou para nenhum patamar de discussão que resulte em algo concreto na carreira do servidor, nem o 5% de reajuste nas tabelas do subsídio anunciado no portal do sindicato não foi devidamente explicado. Está na pauta de discussão com o governo, não no contracheque. Se o governador quiser  ele incorpora o 5%, se o sindicato encrespar nem isto. Ou seja, podemos não ter nem o 5%, porque a carreira não vai descongelar com este acampamento de criança na porta do Palácio imperial.

As paralisações estaduais propostas durante o ano com certeza terminaram em uma série de punições sem nenhum ganho, até as manifestações de rua causaram prejuízo para alguns professores do Estado conforme anunciado lá no portal do sindicato. Ou seja, o calendário finda amanhã numa assembléia nas imediações da residência do governador e, não precisa ser profético, não redundará em nada, afinal este sindicato teve duas greves para resolver a questão e não conseguiu: finge que trabalha e muita gente acredita, mas a  maioria perdeu a fé na instituição.

Tenho claro, não temos lideranças no Estado, elas diluíram nos últimos anos com esta institucionalização das Centrais sindicais e dos sindicatos. E Lula de alguma forma, contribuiu para isto, tentando ajudar, acabou atrapalhando quando injetou muito dinheiro nestas instituições.

As Centrais sindicais e os sindicatos viraram cabide de empregos e um trampolim para políticos ditos da "esquerda" e as lideranças naturais tendem a desaparecer neste universo do dinheiro, das trocas de favores e da luta pela permanência no poder.

 As instituições, sejam elas do governo ou do sindicato não se diferenciam na luta pelo poder. Quem pode fazer a diferença são os sindicalizados ou os eleitores. Mas no Brasil não há muita discussão em torno de política ou da crítica das instituições, aqui, vivemos de crise, grito dos excluídos e só.

O acampamento no Palácio imperial das Mangabeiras não redundou em nenhuma notícia nos canais mais retumbantes da mídia, foi um passeio e um lanche coletivo do sindicato na porta do rei sem causar um arranhão no governo. Resta a discussão amanhã dos 5%. Só falta agora o sindicato rejeitar esta proposição. Terminaremos o ano sem os 5%? Como dizia os antigos, antes lamber do que cuspir.

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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14:09 29/07/20103