O povo tá na rua e o sindicato sumiu, a CUT, CGT, etc

Os sindicatos em geral, as Centrais sindicais, os partidos políticos estão tão desmoralizados junto ao povo que não estão conseguindo abrir brechas nos movimentos espontâneos dos estudantes e da classe média. Não conseguem infiltrar, nem aproveitar, nem conduzir. Chegaram no limite máximo do emparelhamento e se  estratificaram, tal qual o Estado burguês. Portanto, perderam a credibilidade junto ao povo. Da mesma forma os governos. E o grito das ruas é fruto do desespero geral!

Há muito digo aqui, estas lideranças tem colocado tudo a perder nos últimos 10 anos, tem se afastado das bases, tem menosprezado as vozes da própria categoria que dizem lutar. Fato disto é o desabafo do Euler em seu blog, que cansado de apresentar sugestões juntamente com outros sindicalizados estão  desistindo de lutar junto ao sindicato, visto que nunca são ouvidos, sempre menosprezados. Assim, como age o governo, do mesmo modo o sindicato - a nossa voz não tem espaço nas suas discussões burocráticas, por isso do afastamento de muitos, inclusive meu das lutas propostas por eles. Não acredito mais, portanto, rejeito todas as suas proposições. 

As lideranças dos partidos de esquerda, dos sindicatos em geral poderiam ter encaminhado estas lutas das ruas, aproveitado o despertar da juventude para encaminhar demandas e emparedar o PSDB aqui em Minas e no Brasil como um todo, mas não, são incapazes de fazê-lo, visto que não conseguem nem ouvir seus pares. E o resultado que poderia ser benéfico para todos vai tomando contornos neonazistas, com aviltamento nas ruas de partidos, sindicatos e outras agremiações populares:



."Os manifestantes combatem os partidos políticos, que são a forma mais democrática de participação no Estado.

Seu argumento é típico do fascismo: “povo unido não precisa de partido.”

Claro que precisa. Não há saída na sociedade moderna. Às vezes, uma pessoa escolhe entrar num partido. Outras vezes, é massa de manobra e nem sabe. 


A criação de partidos políticos é a forma democrática de uma sociedade debater e negociar interesses diferentes, que não nascem na política, como se tenta acreditar, mas da própria vida social, das classes sociais.


Em São Paulo, em Brasília, os protestos exibiram faixa com caráter golpista. 
“Chega de políticos incompetentes!!! Intervenção Militar Já!!!”


No mesmo movimento, militantes de esquerda, com bandeiras de esquerda, foram forçados a deixar uma passeata na porrada. Uma bandeira do movimento negro foi rasgada.




As propostas para a Educação estão colocadas espontaneamente nas ruas, porque são gritantes demais, mas os salários dos professores nem foi cogitado, não foi ouvido nas ruas o roubo das carreiras em Minas com a implantação do subsídio, não colocou-se na rua pautas enxutas. As pautas são extensas, portanto, podem se perder no meio do caminho. Precisamos conduzir nossa bandeira- salvar a Educação, salvar o futuro dos educandos: ensinar política como ato e solução. Ensinar democracia como ampliação das diferentes frentes de luta e não permitir que sejam encaminhamentos vazios e passageiros, zumbis na rua, gritando por tudo e nada.

Estão sendo importantes as manifestações: sim e não. SIM, no sentido do levante, da fogueira acesa no Brasil e Não, porque a condução vai se fazendo sentir: a burguesia infiltra, ocupa e ameaça a posição das esquerdas. Podemos sofrer um novo retrocesso porque não tivemos habilidade de conduzir as lutas e nesta parcela de culpa tem os sindicatos, a UNE, As Centrais. O ódio da burguesia alcançou as massas, elas rejeitam as bandeiras da esquerda, dos negros, das minorias. As massas lutam com bandeiras várias, todas da esquerda e não sabem disto.

Precisamos nos organizar e organizar as lutas.

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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14:09 29/07/20103