Viajando por Janeiro: da tristeza à beleza exuberante de Alagoas_Macéio

Este mês de janeiro é o das nossas férias escolares, pausa para o descanso do ano inteiro. Minhas férias estão sendo marcadas por experiências várias, aquelas mesmas previstas na saga humana. Não escapei de nada, nem da dengue que moeu meus ossos, nem do alagamento de minha casa num dia atípico em que tudo conspirava contra Montes Claros: bueiros entupidos, falta de organização política, abandono da sexta maior cidade de Minas Gerais. Mas continuei sobrevivendo e vim para Macéio, em busca de um sossego quase perdido nestes dias tristes ao longo de janeiro.

Macéio- A beleza é sempre indescritível, estou margeada por ela. Cheguei aqui dia 21/01 num voô noturno. Estava na base do paracetamol, a boca puro fel, como se tivesse tomado veneno, mas tudo bem, a beleza natural de Macéio me curou no primeiro banho de sol, no primeiro dia de mar. Fui visitar a praia do francês no litoral sul que leva este nome porque os franceses aqui estiveram e conseguiram carregar o nosso pau brasil. Os piratas engabelaram os índios que trocaram  beleza por porcaria. Brasileiro até hoje faz isso. Mas a praia dos brasileiros que não tem nada de francês é linda - branca e alva suas areias, o mar de um azul cristalino com cristas verdes. O embalo do mar macio, quase uma valsa porque os recifes a protegem. Mergulhei nesta calma, feliz como uma criança a brincar no espelho d´água

A comida, no entanto, é horrível. Pagamos caro por um peixe frito, arroz e pirão.  O peixe estava mergulhado na gordura e Waldir sentiu seus efeitos e estragos à noite.Mas tudo bem, nem tudo é perfeito. 

Dia 22- fomos na praia de Ponta Verde, uma praia urbana, perto do nosso Hotel, numa barraca chamada Lopana. Este também foi um dia de encantos: o mar verde esmeralda é um verdadeiro balanço de infância - manso e suave fui sendo embalada por este mar sereno e manso. A comida gostosa, o atendimento excelente. Pessoas simpáticas vai tecendo este dia de rendeiras e eu comprando suas rendas.

Mas à noite tivemos uma notícia chocante: minha sogra, minha segunda mãe havia falecido. Chorei todas as lágrimas alagoanas, abraçada ao meu esposo. Mais uma vez a dor me revisitava revirando a beleza reencontrada. Não pudemos ir ao velório, não chegaríamos a tempo, nem eu teria condições de fazer uma viagem de forma tão rápida, afinal ainda estou convaleçendo de uma dengue.

Continuo por aqui e a beleza insiste em se mostrar , mas dentro dos nossos corações: meu e de Waldir uma dor muito profunda resolveu nos embalar.

Amanhã eu conto mais...

Galeria de fotos
Ponta Verde e ao fundo Pajuçara


Praia do Francês



Praia de Ponta Verde

Tudo azul



                   

0 comentários:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

Seguidores

Pesquisa

14:09 29/07/20103