Lei do Piso - Resta alguma dúvida?


A lei do Piso foi aprovada e tem professor com dúvida ainda entre ficar no subsídio e ir para o Piso? Bem, quem vai ficar no subsídio? resposta: Apenas os companheiros que não tem biênio , nem quinquênio, nem penduricalho nenhum. O restante tem que dar um pulo da incredulidade para a possiblidade de ter aumento real para o ano de 2011. Saltar alegremente do que era ridículo para o razoável. Nos tirar isto, conquistado por acaso virou uma impossibilidade. O Piso é algo real.

Seremos é verdade, sempre desvalorizados, sempre utilizados em todos os palaques da história, da Direita e da Esquerda no Brasil e faremos muitas vezes o papel de bobos por acreditar em lero lero de partido - PT, PSDB, PV e outros bizarros que estão por aí. Talvez precisamos varrer todos eles e criar um partido internacional que busque a valorização do homem, a dignidade perdida, a vergonha.

Mas as possibilidades neste momento histórico são tão remotas, que aos poucos vamos deixando de sonhar. E porque digo isso? porque a situação histórica hoje é tão sombria, com números cada vez mais assustadores de aumento da pobreza e acumulação de riqueza, que fica difícil brincar com a verdade e arriscar jogar com a mentira.

Mas o momento nos favorece caros professores: não será o governo de Minas que nos dirá isto, muito menos o Sindicato, que até o presente momento nada anunciou, mas nós mesmos, autores que somos da história. A carroça está passando vamos pegar carona.. lá em Pársaga, onde mora o rei do poeta Manuel Bandeira, pra lá eu vou embora... vem comigo?


Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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14:09 29/07/20103