O Sindute fez o dever de casa, cabe a categoria ajudar.

O Sindute fez o dever de casa : agiram de forma transparente, publicaram  no site tudo que conseguiram alavancar nos 15 dias de paralisação, suspenderam inteligentemente a greve, ou seja, moveram suas peças no tabuleiro da vida- enfrentaram a polícia, fizeram passeatas, mesmo que pequenas, ocuparam prédios, apelaram para a câmara de deputados e partiram para o campo de guerra principal, a cidade administrativa, que fica no fim do mundo... Estavam lá a combater pela categoria amorfa e morta. Em 15 dias, o grupo restrito conquistou uma reunião com o governo satânico. 

Beatriz e as lideranças das subsedes e algumas escolas do estado estavam lutando, os trabalhadores da educação assistindo. Uma vergonha!  O governo anunciou seus números na imprensa, ( míseros ) e eu estou quase crendo nestes números porque Montes Claros, onde pousa meu olhar limítrofe , pouco fez pelo levante. Há um ostracismo por aqui, o sentimento típico dos derrotados. 

Mas o sindicato, e rendo aqui minhas homenagens, retirou da manga seus truques e partiu para uma investida histórica- não se fragilizou diante da categoria amorfa e conquistou o mínimo- o espaço do diálogo junto ao governo. Resta aos trabalhadores da educação entender que para negociar com o governo só via paralisação, mobilização e greve. A vigília do dia 11/06 tem que ser expressiva, diante da  avalanche de perdas dos últimos  anos. 

Só números muitos significativos de paralisados e acampados na porta da cidade administrativa poderão fazer alguma diferença numa mesa de negociação com este governo-  tirânico, irresponsável, arrogante e intransigente do PSDB .  Ainda assim, o Piso salarial só sairá debaixo de uma longa greve. Ou os trabalhadores acham que sairá de outra forma? 

Profissionais da educação trabalhando como se nada tivesse acontecendo no estado durante um processo de greve e ótimo para o governo , mas lamentavelmente e um desastre sem parâmetros na história de lutas da classe.