domingo, 17 de junho de 2012 |
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A ópera Tosca entrou em cartaz na capital dos mineiros e já mergulhei profundamente neste universo: o do amor- tema imortal, marcado pela alegria e muitas vezes pela tragédia. No caso de "Tosca" mulher profundamente apaixonada, ciumenta e violenta- o apelo amoroso é tão carnal que beira a loucura e finalmente a tragédia.
Tosca é a personificação da chama viva, que queima com uma cupidez esplendorosa. Tosca e Mário. Ela uma soprano, ele um artista plástico. Cenas tórridas são encenadas dentro de santuários sagrados porque o amor é santuário e nem sempre conhece a medida de todas as coisas.
Mas a beleza de Tosca é motivo de desejo e o desejo mal resolvido é sempre veneno para quem sofre e para quem é desejado.
Tosca será enredada pelas tramas insólitas de Scarpia que usa do ciúme extremo de Tosca para destruir Mário e ao mesmo tempo chantageá-la usando de seu cargo de comissário para possuí-la.
Tosca fará qualquer coisa para salvar seu amado , menos ceder a volúpia de um homem torpe.
Cenas dramáticas são desenhadas e a música vibrante de Puccini preenche todos os caminhos traçados por Tosca: de trama, paixão e morte.
Vale a pena conferir. O meu ingresso já está comprado.
5 comentários:
TOSCA DE PUCCINI
Roma, 1800 no clima pós revolucionário: Os amantes Tosca, uma cantora de ópera, e Mario, um pintor, acabam entrando ocasionalmente em uma infame intriga política do poder conservador abafando a revolução.
Angelotti, o protagonista do movimento revolucionário em Roma foi preso pelo regime da reação. Conseguiu fugir e escondeu-se em uma igreja. Por acaso o pintor Mário está trabalhando em uma pintura de altar. Mario é um simpatizante das idéias revolucionárias e pelo apoio à fuga de Angelotti acaba se envolvendo junto com Tosca que chega à igreja para visitá-lo.
A fuga foi descoberta e o Barão Scarpia, o braço direito do poder conservador, acaba entrando na igreja também perseguindo o fugitivo. Scarpia encontra indícios do envolvimento de Mario na fuga de Angelotti e está montando um jogo sujo para chegar através de Tosca e Mário ao fugitivo político.
Na mesma igreja o regime conservador mandou celebrar às pressas um solene “Te Deum” homenageando a enganosa notícia da derrota das tropas de Napoleão.
II Ato
Festejando a imaginada vitória sobre Napoleão o governo apresenta uma solene cantata, na qual a cantora Tosca participa. Scarpia convida Tosca para encontrá-lo em seu gabinete no mesmo Palácio do Governo. Como não conseguiu achar o fugitivo, Scarpia prende Mario e manda torturá-lo na sala ao lado. Mario implora à Tosca para não entregar o esconderijo de Angelotti, mas os gritos do amante torturado amolecem aos poucos a resistência de Tosca. No meio da tortura, chega a verdadeira notícia da vitória de Napoleão. Espontaneamente Mario exclama Vitória! Vitória, provocando Scarpia que sentiu o fim do seu poder.
Aproveitando-se da situação, Scarpia oferece um pacto à Tosca: O preço da liberdade dos dois amantes é a entrega de Angelotti e uma noite de amor com ela.
Tosca pede uma carta de salvo-conduto e Scarpia concede, exigindo uma execução simulada com um código secreto para o comitê da execução.
Tosca aceita, mas em um momento oportuno visualiza na escrivaninha uma faca pequena e mata Scarpia.
III Ato
Em cima de uma torre do castelo os soldados preparam a execução. Mario entra, Tosca explica que ela tinha conseguido a liberdade e a execução somente será uma encenação.
Após a execução que foi verdadeira, porque Scarpia tinha enganado Tosca, ela percebe que não tem mais outra saída e prefere morrer junto com o amado se jogando das torres do castelo.
Quando a ópera estreou, a 14 de janeiro de 1900, a atmosfera política na Itália era tensa, com muita agitação revolucionária de caráter socialista e anarquista contra a monarquia e a política reacionária do rei Umberto I, que seria assassinado em Monza seis meses mais tarde. A rainha e o primeiro ministro assistiram à estréia, e por essa razão alguns temiam um ataque terrorista contra o teatro. Tosca era uma ópera profética do século que estava para começar. É uma ópera sangrenta, e este seria um século sangrento. Scarpia parece prenunciar Hitler, Stalin e outros ditadores. Quando Tosca salta para a morte, no momento final da ópera, parecemos ouvir o riso de Scarpia, vitorioso mesmo depois de morto. Quem vence, afinal? As forças do mal ou as forças do bem? A pergunta permanece sem resposta. "Perante Deus, Scarpia. Perante Deus".
Uma versão moderna da ópera, apresentada em Bregenza, na Áustria, faz parte de uma cena-chave do vigésimo segundo filme da franquia cinematográfica de James Bond, Quantum of Solace. Na cena, James Bond escuta, em segredo, o encontro entre membros de uma organização terrorista e foge dos mesmos ao som de "Va, Tosca", no final do Primeiro Ato, cantada por Scarpia.
http://www.youtube.com/watch?v=9xXJyfe2qxo&feature=related
belissima!
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