segunda-feira, 16 de abril de 2012 |
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"A desobediência civil é um direito intrínseco do cidadão. Não ouse renunciar, se não quer deixar de ser homem. A desobediência civil nunca é seguida pela anarquia. Só a desobediência criminal com a força. Reprimir a desobediência civil é tentar encarcerar a consciência." Mahatma Gandhi
Eu sou uma camponesa da Educação, que planta sementes há 26 anos no coração dos mineiros. Corre nas minhas veias o viés camponês dos meus antepassados e meus pés estão sempre fincados no chão. Lá eu planto minhas roseiras e espero a colheita, como uma criança que fica feliz quando seu primeiro feijão plantado no algodão começa a germinar. Foi assim que aprendi, desde menina, na escolinha do interior onde nasci: para vingar é preciso molhar a terra, o algodão onde está imersa e morta a sementinha. Tem de cuidar, molhar, esperar e principalmente amar.
O NDG foi plantado como uma semente para germinar entre os milhões de professores que como eu teve seus sonhos desfigurados, sua realidade violentada e seus desejos interrompidos.
Mas um camponês nunca desiste, porque ele sabe que tem dias de sol e dias de chuva e que o ato de plantar requer esforço, dedicação e esperança. Eu sou uma professora que tem os pés no chão e quer fazer do seu espaço e do seu entorno um lugar melhor, mais bonito e justo para se viver.
Plantei com o professor Euler e outros tantos combatentes: O NDG- uma pequena esperança no coração dos valentes e bravos de MG, que andam por aí tristes, desanimados e sós. Mas que despertarão do seu silêncio, do seu medo para levantarmos juntos nossas bandeiras de luta, destruída pelos bárbaros de Minas Gerais- oligarquias frias, desumanas e cruéis
Hoje, acordei e ri, porque sei como o Mahatma Gandhi que eles passarão porque haveremos de varrê-los e nós passarinhos do campo de MG permaneceremos e jamais desistiremos - faça sol, faça chuva , faça frio e temporão. Nós ergueremos a cabeça e caminharemos juntos como já fazemos agora.
Venha conosco nesta caminhada! Quem vos convoca são os camponeses da educação de MG: o NDG
4 comentários:
A semente já está germinando!
Essa semente mudará a história de MINAS GERAIS!
A esperança voltou em nosso coração...
Somos semeadores do bem, pois transformamos um País , entramos com AMOR para semear o saber... mesmo quando caimos, através do subsidio, sabemos agora que o sol voltará a brilhar!
Agora somos NDG
APLAUDIMOS VOCÊ, EULER E TODO NDG!
COM CARINHO
CARLA E toda sua turma
Que lindo... chorei de emoção... assim sou....
Uno-me ao NDG
ABRAÇOS
Sem palavras! Excelente texto! Parabéns!
É o que somos !
É o que vivemos!
A mídia porque, ao invés de promover um debate sério e profundo sobre a Educação, prefere concentrar seu poder de fogo na divulgação sistemática da mediocridade e da cretinice, classificadas de notícias. “Notícias” que agradam ao andar de baixo mas que, acima de tudo, rendem mais reais porque possuem perfil marcado por apelo supostamente popular – futebol, sexo, escândalos, criminalidade e as costumeiras idiotices envolvendo celebridades midiáticas.
O setor privado porque, embora se defina como de vanguarda no ensino, guardadas as exceções de sempre, paga aos seus professores menos que a grande maioria dos profissionais com formação universitária e lhes oferece condições de trabalho nem sempre dignas. Com a diferença de que, pela pressão da lógica capitalista, cobra deles muito mais resultados que no setor público.
A sociedade também é responsável pelo problema. Ao invés de enfrentar este cenário com a seriedade que o tema merece, intensificando as cobranças tanto dos agentes públicos quanto dos privados, prefere desestimular seus filhos a seguir a profissão, rendendo-se à lógica pragmática do capital. Ou apenas se omitir do processo, quando entrega às escolas o ingrato papel (que é seu) de educar os próprios filhos.
O Brasil, que sonha em ser alçado ao seleto rol dos países desenvolvidos, está acabando com a carreira do magistério. Por analogia, está comprometendo seriamente a Educação e, o que é pior, o futuro que estamos reservando aos nossos descendentes. Triste que seja assim.
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