sexta-feira, 16 de março de 2012 |
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Minas Gerais integrará o fórum Nacional de Educação convocado pelo ministro Aloizio Mercadante. Está escrito lá no site oficial do governo. E agora Minas Gerais? Será que conseguirá enganar um ministro que é economista?
Há muitas contradições na fala de Ana Lúcia Gazzola no site oficial do governo quanto ao pagamento do Piso Salarial Nacional. A priori ela diz que o Governo paga até mais que o piso , em seguida, a própria Gazzola reconhece que o piso do magistério é uma conquista dos professores. Reconhece, mas não cumpre a Lei11.738/2008. O Piso não é a forma de remuneração adotada em Minas, mas o famigerado subsídio - Forma de remuneração criada e prevista em Lei para conter salários abusivos, não salários míseros como os da Educação.
As contradições transbordam nas páginas oficiais do governo através da fala da secretária:" nenhum secretário é contra o piso dos professores. Mas é preciso repactuar o financiamento da Educação" A secretária ressalta ainda que o foco da educação é o aluno e os recursos não podem ser totalmente comprometidos com a folha de pagamento, deixando de investir em outras áreas, como estrutura e formação de docentes.
Vejamos o contraditório: Se pagassem o Piso não era preciso repactuar o financiamento da Educação. Portanto, reconhecem que não pagam o Piso Nacional. Não há contas fictícias que possam encobrir a verdade. O não pagamento do Piso em Minas é fato. O ministro não poderá ser enganado, afinal é economista e esta continha absurda do governo de Minas não fecha em absoluto com o que está previsto na Lei do Piso.
Vejamos o contraditório: Se pagassem o Piso não era preciso repactuar o financiamento da Educação. Portanto, reconhecem que não pagam o Piso Nacional. Não há contas fictícias que possam encobrir a verdade. O não pagamento do Piso em Minas é fato. O ministro não poderá ser enganado, afinal é economista e esta continha absurda do governo de Minas não fecha em absoluto com o que está previsto na Lei do Piso.
Outra questão relevante abordada pela secretária- o tempo extra-classe. Assim como o Piso previsto em Lei este também não é adotado em Minas. A secretária diz que vai adequar. Mas a Lei não pode esperar o tempo do governo de Minas. A Lei é para ser cumprida. A Lei é para ontem.
O pacote do governo- subsídio- está em consonância com dois interesses: o primeiro deles é a destruição da escola pública consciente, combativa e formadora de opinião e o segundo, a destruição das carreiras dos servidores da Educação em Minas. Este processo o governo de MG pôs em andamento, mas ele não está findo, afinal, estamos vivos e votamos em todas as instâncias : municipal, estadual e federal. A dança das cadeiras poderá entrar em curso, não promovida pela presidenta, mas pela maestria e união de todos os segmentos da educação do Brasil.
Precisamos mais que nunca desta unificação nacional e das redes sociais para promovermos o grande encontro- não este politicamente correto das instituições que dizem nos representar: CUT ,CNTE e sindicatos pelegos, mas de uma nova forma de organização, independente de políticas partidárias e verdadeiramente autônomo. Do contrário, as lutas sociais não avançam e as condições sociais não melhoram.
Outra aberração afirmada pela secretária é a preocupação do governo de Minas com a Educação, tendo como foco o aluno. Se esta premissa fosse verdadeira não teria o Estado entrado em negociação com os grevistas de Minas em questões de semanas no ano de 2011? E cumprido com a pactuação firmada ao término da greve? Foram 112 dias dias de greve e desrespeitados todos os acordos firmados em documento, assinado pelo governo, parlamentares e sindicato.
O que vivenciamos hoje no ciberespaço do governo de Minas é um espaço de faz de conta-ou seria cair no conto do vigário?
Questões importantes estão sendo desveladas. Basta ler os sites oficiais do próprio governo de MG- o que perdura é a mentira, o engodo e uma tentativa fracassada de tentar salvar uma imagem que não condiz em absoluto com a realidade. Resta ao Ministro Mercadante fazer sua leitura/ ou seria refazer as contas de MG? Por aí, não tem mágica que possa fechar esta tentativa de embromação.
Fala sério!
7 comentários:
Combativos Marly e EULER JOGUEI OS BLOGS DE VOCÊS NO GOOGLE, NO FACE E ESTÁ SENDO LIDO NA INGLATERRA, FRANÇA, ESPANHA , CHILE, PERU, ESTADOS UNIDOS....Estou ajudando a classe de vocês, se hoje sou médica agradeço com carinho aos mestres que tive parecidos com os dois... que sacrificavam doando, repasando sabedoria...
Marly, Euler vocês enaltecem minha MINAS GERAIS!
O MEU ETERNO OBRIGADA!
COM CARINHO BEIJO OS DOIS
KARLA
Parabéns, Marly, por mais este texto muito esclarecedor e atualíssimo. Como Minas Gerais vai se explicar perante o ministro Mercadante, se o estado não cumpriu um único artigo da Lei do Piso?
Um forte abraço e força na luta!
A tarefa do professor hoje em dia é hercúlea, e, o mesmo tem de se manter firme no propósito pois vivemos em uma sociedade capitalista na qual as informações e argumentações das altas cúpulas elitistas se tornam efetivas e atraentes, digo, bem convincentes, principalmente se considerarmos a moçada nova atraída por novidades e mais novidades. Se o convencimento da sociedade aburguesada através dos meios midiáticos conseguem convencer os mais vividos o que se dirá dos mais novos.
A própria complexidade de entendimento dos fatos e a fragmentação do conhecimento do mesmo reforçam as ideias de uma elite dominante que nas próprias universidades encaminham os alunados a tal.
Quando digo isso, quero esclarecer que não é prioridade para a elite vigente que os professores ajudem os seus alunos a serem sujeitos atuantes da sua própria história, a serem críticos e combaterem todas as manifestações de injustiças sociais. Na nossa atual realidade social e educacional observamos que dentro das universidades existe uma forte tendência à repulsa do marxismo, advento manifestado para o mundo desde a queda do muro de Berlim e do fracasso do comunismo da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviética (URSS), contudo, isso se propagou para o mundo e fortemente no Brasil. Portanto, o que estamos enxergando em Brasil, o que estamos vendo é que as oligarquias patrimonialistas tem tido uma força incrível muito embora podemos considerar que essas mesmas oligarquias estão ditando as regras do jogo dentro das próprias universidades, o exemplo máximo disso é o vivenciado em Minas Gerais na personalidade do próprio governador Antonio Augusto Junho Anastasia, com formação em Direito pela UFMG se tornando professor universitário, sendo que na mesma instituição UFMG pela qual leciona também lecionam suas duas irmãs, Fátima Anastasia e a historiadora Carla Anastasia.
O atual sistema ditatorial prevalecente em uma dita democracia que faz com que as elites tenham mais privilégios é algo pensado de maneira bem articulada e com argumentações sólidas e técnicas, bem embasadas, filtradas e repassadas aos representantes políticos que possam dar corpo a essas ideias construídas.
Não me estranha muito que após a entrada de Aécio ao poder nos palanques palacianos das Minas Gerais, todo o dia da inconfidência comemorado em Ouro Preto tenha sido realizado sem a participação popular, numa típica alusão do movimento na cidade à época que não chegou a ter de fato a participação popular e que o mesmo que deveria fazer com que a população soubesse e participasse de tal evento para lhe dar forças e encorpá-lo fosse capturado junto aos demais participantes e sendo o único a ser castigado severamente dada a sua condição social.
É TAREFA HERCÚLEA PARA OS PROFESSORES, PRINCIPALMENTE, SE LEVARMOS EM CONSIDERAÇÃO QUE ESSA MESMA ELITE DE DANTES QUE AGORA AINDA É, ESTEJA UTILIZANDO PERFEITAMENTE OS ENSINAMENTOS ROMANOS: "DIVIDIR PARA GOVERNAR".
Textos brilhantes, Marly e Anonimus
de 17/3/2012 - 09:39!
Ruth - São Lourenço
Questão salarial é apenas um dos itens da agenda educacional
Educação: uma discussão que vai além do piso nacional
Publicado no Jornal OTEMPO em 17/03/2012
ANA LÚCIA ALMEIDA GAZZOLA
Secretária de Estado de Educação de Minas Gerais
A
A
FOTO: DUKE
Na primeira reunião ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), secretários de Estado de todas as unidades da Federação reafirmaram ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que apoiam todas as medidas que visem valorizar a carreira de professor no país.
Durante o encontro - no qual tive o privilégio de ser porta-voz dos secretários de Educação -, ressaltamos que Estados e municípios têm envidado todos os esforços para o cumprimento da Lei nº 11.738/2008, que regulamenta o piso nacional do magistério. Destacamos, entretanto, que, nesse caso, há uma questão de ordem orçamentária e financeira, além da necessidade de observância da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por isso, defendemos a necessidade dos sistemas públicos de Estados e municípios contarem com novas fontes de financiamento e de aportes financeiros adequados para que todos possam cumprir, de maneira integral, a lei federal.
No que diz respeito a Minas Gerais, com a implantação, a partir do início deste ano, do modelo unificado de remuneração, foi dado mais um importante passo para a consolidação da política de valorização dos profissionais da rede estadual de educação, iniciada em 2003.
O novo modelo - aprovado democraticamente na Assembleia Legislativa por 51 dos 77 deputados estaduais, depois de um amplo processo de negociação - é mais transparente e estabelece que, hoje, a remuneração inicial para ingresso na carreira do magistério em Minas é de R$ 1.320 para uma jornada de 24 horas semanais. Aplicada a proporcionalidade para a jornada de 40 horas semanais, esse valor corresponde a R$ 2.200. Trata-se, portanto, de uma remuneração 52% acima do piso nacional do MEC, de R$ 1.451 (já considerado o reajuste de 22% anunciado há duas semanas).
A questão salarial, entretanto, é apenas um dos itens da ampla, urgente e fundamental agenda educacional do país. Conforme afirmamos para o ministro da Educação e reafirmamos em nota pública divulgada na última quarta-feira, 14.3, nós, secretários de Educação, estamos empenhados na adoção de medidas igualmente estratégicas para uma educação de excelência que reconheçam a importância do professor e, ao mesmo tempo, tenham como foco os alunos.
Tais medidas incluem a revisão dos planos de carreira, a formação profissional, a realização de concursos públicos, políticas de incentivo ao desempenho, o aprimoramento da gestão escolar, a implementação do regime de colaboração entre Estados e municípios e as negociações permanentes com os professores. A essa agenda, de caráter inadiável, deve ser acrescentada outra, voltada para aspectos pedagógicos, que tenha em conta os novos desafios que o desenvolvimento nacional começa a colocar para o campo da educação.
Com o objetivo de debater todos esses temas, solicitamos ao ministro Aloizio Mercadante que intermediasse a instalação de um fórum nacional de negociações com representantes dos secretários estaduais e municipais de educação,
[das entidades que representam os profissionais do magistério e do próprio Ministério da Educação.]*
O ministro concordou em liderar esse processo e ficou de fazer a convocação da mesa de negociações.
Minas irá participar ativamente desse fórum. Afinal, o Estado dispõe de uma política educacional que é considerada referência nacional, além de estar bem-posicionado nas principais avaliações que nos auxiliam para mensurar o resultado de nossos esforços e a qualidade da educação. COMO EDUCADORES EXIGIMOS VOCÊ PROF MARLY E O PROF EULER PARA NOS REPRESENTAR!
ABRAÇOS,
KÁTIA
PROF.MARLY.
ACHAMOS QUE A NÃO ADESÃO DA CLASSE FOI UMA REJEIÇÃO AO GRUPO ARTICULAÇÃO.PASSOU DA HORA DE BE(ATRIZ)RENUNCIAR , CASO CONTRÁRIO HAVERÁ UMA DESFILIAÇÃO EM MASSA NAS ESCOLAS, ULTIMAMENTE É O QUE MAIS SE COMENTA HOJE DENTRO DAS SUB SEDES!
FORA BEATRIZ , CHEGA DE ARTICULAÇÃO!PEDIMOS A VOCÊ MARLY POIS JÁ SABEMOS DA SUA FORÇA AI NO NORTE DE MINAS PEÇA AO
PROF.EULER CONRADO POIS QUEREMOS O MESMO NA DIREÇÃO DO SINDICATO ,O MESMO JÁ TEM O APOIO DE VÁRIAS SUB SEDES , SUAS VIAGENS PELA REGIÃONOS IREMOS FINANCIAR!
UM GRANDE ABRAÇO E ATÉ A NOSSA VITÓRIA!
CLÁUDIO, BETH, ARTUR, REGINA, SANDRA, PASCOAL ENTRE MUITOS! TURMA DE BELO HORIZONTE
Raimundo SantosMar 18, 2012 06:54 PM
AS MESMAS RETÓRICAS DOS MESMOS POLÍTICOS
Caros colegas professores,
o texto acima mostra como todos os poderes instituídos deste país estão conchavados. Esses bandidos travestidos de políticos não farão nada, nadinha para mudar o "status quo" do qual tiram proveito.
De fato, esta é nossa realidade. E a retórica desta corja denuncia o quanto são cínicos e cruéis. É que nos discursos demagógicos destes "lesa pátria", eles entendem que realmente a educação tem de ser melhor, que os professores devem ser mais valorizados, que o salário do professor não condiz com a realidade, pois eles têm curso superior, pós-graduação, etc, etc, etc e, por isso, deveriam ser equiparados a outras classes do serviço público com a mesma escolaridade.
Entretanto, a história nos ensina que tudo isso não passa de uma artimanha já manjada para enganar os mais incautos. O certo é que discutir, falar sobre os problemas da educação não significa exatamente resolver estes problemas. E assim, assistimos a cada ano a mesma cantilena, a mesma conversinha fiada...
Enquanto nós, professores, não partirmos para a ação, continuaremos assistindo a estas encenações vazias dos políticos que não respeitam a sociedade brasileira.
O nosso sistema político corrupto, sujo e viciado, não permite que haja mudanças no cenário social deste país. E por isso que as propostas para uma sociedade mais justa só ficam mesmo no papel, ou melhor, na retórica vazia e mentirosa dos políticos brasileiros.
E quando me refiro a políticos brasileiros, isto se aplica a todos os partidos políticos, pois todos eles são "farinha do mesmo saco sujo" e só farão aquilo que os interessa.
Por isso, não podemos criar muitas expectativas de que uma reunião com o ministro da educação irá mudar alguma coisa em benefício da educação brasileira. Isso só acontecera quando nos posicionarmos de forma mais radical, coesa e participativa. E como não fazemos isso, eles continuam nos empurrando com a barriga...
Portanto, não nos resta outra coisa senão a resistência através da unidade da categoria. É preciso conscientizar os colegas de que não existe vitória sem luta. À luz do capitalismo selvagem do serviço público, não existe conquista sem greve, e greve forte, organizada e consistente, com pelo menos 50% de seu contingente total.
Na história de nossas lutas, nunca tivemos uma adesão de pelo menos 50% do professorado de Minas Gerais, embora alguns aqui, baseados em informações irreais do sindeútil, alegam que já tivemos uma adesão de até 70% em alguma greve do passado. Entretanto, isto é ilusão, pois se tivéssemos tido uma adesão desta proporção, já teríamos nossas reivindicações atendidas. É que uma greve que atinja pelo menos 50% do professorado, levaria ao caos o sistema educacional do estado. Assim, eles negociaram conosco e atenderiam nossas reivindicações. E se estamos há 10, 20, 30 anos reivindicando as mesmas coisas, isto é sinal de que nunca tivemos uma greve que pudesse transformar em caos a educação pública de Minas Gerais.
Atenciosamente,
Raimundo Santosprof Marly , já não suporto este idiota do Raimundo! Por favor em nosso nome responda este maldito, estou achando que ele é da turma de BE(ATRIZ)
Que Deus te proteja
Kátia
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