segunda-feira, 19 de março de 2012 |
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Sr. Ministro Aloizio Mercadante, tomei a liberdade de lhe escrever em nome dos meus colegas, os profissionais da Educação de Minas Gerais.
Temos acompanhado com muito interesse o discurso que o Sr. vem desenvolvendo a favor da implementação do Piso Salarial Nacional para valorização dos profissionais do Brasil. O Sr. reconhece que os salários pagos são muito baixos, o que desvaloriza a profissão e afasta os profissionais mais capacitados da área.
O Brasil é um país com enorme potencial humano, mas as estruturas/ as instituições educacionais são ruins em todo o Brasil e o resultado é este- um potencial desperdiçado e uma carreira cada dia mais comprometida e correndo o risco de desaparecer, ou empobrecer intelectualmente, em função dos míseros salários que são pagos.
Sabemos que o Sr. promoverá um encontro com os secretários(as), estaduais e municipais de todo o Brasil num Fórum Nacional, inclusive com a participação das entidades que representam os profissionais do magistério e do próprio Ministério da Educação.
No entanto, o nosso Estado - Minas Gerais - já está em plena campanha no seu Site oficial a alardear que paga até mais que o Piso estipulado em Lei, disponibilizando inclusive um link "Dito & feito", em que a Agência Brasil, ligada ao governo Federal, afirma que Minas já paga um valor bem acima do novo piso salarial. Isto não condiz em absoluto com a verdade.
O que ocorre é que o governo de Minas orquestrou de forma organizada o fim das nossas carreiras, adotando um modelo de remuneração- o Subsídio, que nada mais é que o nivelamento/ achatamento salarial, com variações mínimas entre um nível e outro de escolaridade, desconsiderando inclusive o tempo de serviço trabalhado. Em síntese, o Piso Salarial é descartado e implantado uma nova forma de remuneração que contraria frontalmente o que está previsto na Lei 11.738/2008
Outro ponto relevante da Lei que foi desconsiderado em Minas é o tempo extra classe. Assim como o Piso previsto em Lei este também não é adotado - A secretária de educação confirma isto no Site oficial do Estado de MG.
A Educação no Brasil até o presente momento foi palco de inúmeras especulações de todos os partidos e sempre serve de base para Campanhas eleitorais, no entanto, redundam sempre em promessas que nunca concretizam, arruinando gerações inteiras que são submetidas a uma educação de péssima qualidade.
Neste sentido, acreditamos que o investimento na Educação deve partir de uma coligação política proactiva e também de riquezas presentes no Brasil e, repudiamos prováveis medidas/promessas/ advindas de recursos como o do pré-sal, como o Sr. vem apregoando, porque seria o mesmo que condenarmos a uma realidade hipotética ou a longo prazo.
Queremos recursos para a Educação vindos de riquezas reais, palpáveis e presentes no país, que o Sr. como economista e actualmente ministro da Educação sabe melhor que nós de onde provém.
Neste sentido, aguardamos uma resposta positiva deste encontro no Fórum Nacional. Um retorno imediato para que os Estados cumpram a Lei como ela se impõe e não como os estados e municípios querem que seja, pois corremos o risco de comprometermos de forma irreparável a qualidade da Educação no Brasil, visto que esta é uma das profissões menos valorizados no país e portanto, menos atractivas no mercado de trabalho.
Ciente que é grande a responsabilidade de sua missão, em função da importância da Educação para o futuro de qualquer nação, subscrevo em nome dos educadores de Minas Gerais.
6 comentários:
Parabéns Prf. Marly!
excelente texto! A realidade crua e nua!
Se o ministro Mercadante não resolver , vamos nos organizar e teremos na marra o que é nosso por direito!
Vamos denunciar o brasil para o mundo!
Um grande abraço
turma de Uberaba
http://cristovam.org.br/portal3/index.php?option=com_contact&view=contact&id=1&Itemid=100160
ENVIA PARA Cristovám por favor
o link está ai!
atenciosaente
Marcos
ps:maravilhoso texto!
Enviei para MERCADANTE!
saudaçoes
Paulo
Cristovam pede respeito ao piso salarial de professores
12 Março 2012
Cristovam Buarque
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Agência Senado
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), em discurso nesta segunda-feira (12), manifestou indignação com o descumprimento da Lei do Piso Salarial dos professores (Lei 11.738/2008) por vários estados e municípios.
O parlamentar, que também cobrou a erradicação do analfabetismo e mais investimento em ciência e tecnologia, questionou que o Brasil seja considerado a sexta maior economia do mundo sem conseguir pagar R$ 1.451 aos professores:
– Todos acham que o mundo está comemorando que o Brasil é a sexta potência e esquecendo que aqui temos desigualdade como quase nenhum outro país? Ou não estão repercutindo lá fora os baixos salários dos nossos professores nossos? – disse.
Cristovam comentou que a aplicação de 0,1% do PIB brasileiro seria suficiente para que todos os estados paguem o piso aos professores. Para isso, ele propôs a redução dos custos dos três poderes, argumentando que economizar hoje com o corpo docente significa aumento de gastos no futuro.
O senador também defendeu a contratação de mais professores, mas criticou o estado de São Paulo por admitir professores reprovados no último concurso:
– Duvido que façam isso com pilotos de avião. Duvido que alguém aceite contratar como piloto um que foi reprovado. Professor é o piloto que leva as crianças para o futuro. E uma criança que vai para o futuro sofre acidentes, se esborracha tanto quanto um avião. Esborracha-se pela falta de emprego, se esborracha pela falta de capacidade de entender as coisas; esborracha o País inteiro pela falta de dar respostas.
Em aparte, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) propôs a elevação dos salários dos professores de nível superior e cobrou atitude de governadores que prometeram prioridade à educação.
Cristovam afirmou que Mercadante é o ministro da Educação com mais condições de realizar um bom trabalho à frente da pasta. É o ministro com mais votos a chegar ao ministério, tem força no governo e no PT e ainda passou pelo comando de outra pasta importante: o Ministério de Ciência e Tecnologia. Apesar disso e de suas boas ideias, o senador acredita que ele não deve conseguir resultados definitivos, pois o ministério estaria "prisioneiro" do ensino superior.
- Enquanto não tivermos um Ministério da Educação de Base, em que o ministro possa falar só disso, e só possa mostrar resultados nisso, e ser criticado pelo que fizer errado nisso, nós não vamos ter um ministro que de fato dê um salto na Educação de Base. Além isso, não há como melhorar a educação nos pobres municípios e estados brasileiros enquanto a União não for responsável pelo ensino de nossas crianças - argumentou.
Para Cristovam, uma grande dificuldade para melhorias na educação de base é a contradição entre o valor que deveria ser pago aos professores e os recursos que os governos estaduais dispõem para isso. O senador disse ter comemorado o anúncio esta semana do reajuste no piso salarial dos professores para R$ 1.451,00, mas este salário ainda estaria distante do ideal para a categoria. O ideal deveria ser a criação de uma carreira do magistério, com salários iniciais em torno de R$ 9 mil.
- Os governadores não podem pagar (esse valor) e os professores não podem trabalhar com salário tão baixo. Como resolver esta contradição? Federalizando a educação de base - defendeu, lembrando que as melhores escolas do país não são estaduais, mas federais.
O senador fez sugestões de como resolver a questão, sabendo que a solução só viria a longo prazo, já que não seria possível à União assumir todas as escolas do país de uma só vez. Uma ideia seria o governo federal se responsabilizar por 300 escolas em todo país e, ao longo dos anos, aumentar este número até alcançar as 200 mil escolas existentes. Outra proposta seria escolher um município específico - a partir de critérios como o mais baixo IDH - e adotar todas as escolas daquela cidade. A partir daí e ir ampliando a atuação a outros municípios. Só assim, acredita ele, seria possível fazer uma revolução na Educação do país.
Da Redação / Agência Senado
Aluno agride professor depois de ser repreendido em Bauru, SP
O adolescente deu socos e chutes na vítima.
Quatro alunos também foram parar na delegacia por ameaçar colegas.
Duas ocorrências envolvendo alunos em escolas estaduais foram registradas nesta segunda-feira (19) na região Sudeste de Bauru, no interior de São Paulo.
Na primeira, na Escola Franciso Alves Brisola, um aluno de dezessete anos agrediu um professor após ser repreendido por estar fora da sala de aula. O adolescente deu socos e chutes na vítima.
O jovem precisou ser contido por outras duas professoras que estavam no local. Ainda durante a confusão, ele chutou uma porta e quebrou uma cadeira.
Arma de brinquedo
Mais tarde, na Escola Estadual Luis Zuiani, quatro alunos entre 13 e 14 anos foram parar na delegacia após serem surpreendidos por duas inspetoras ameaçando colegas com uma pistola de brinquedo. Os estudantes foram ouvidos e liberados no DP, na presença dos pais, e o simulacro de arma foi apreendido.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que lamenta a agressão cometida por um aluno contra o coordenador da Escola Estadual Francisco Alves Brizola. Diante do ocorrido, a secretaria informou ainda que o aluno ficará suspenso por três dias.
Em relação ao casa do Escola Estadual Doutor Luiz Zuiani, a Secretaria esclareceu que, diante do ocorrido, a polícia foi acionada e registrado Boletim de Ocorrência. Na segunda-feira, a direção convocou os pais dos alunos envolvidos para uma reunião, na qual foram discutidas medidas socioeducativas a fim de evitar a reincidência do caso..
meu comentário
As escolas terão que virar presidios... os alunos enjaulados e os professores do outro lado da sela ministrando as aulas...
Espanca o professor e fica 3 dias suspenso? Vai jogar videogame por 72 horas seguidas, com a conivência dos pais. Alguém duvida? Depois reclamam quando jovens tacam fogo em mendigos ou espancam desconhecidos até a morte na rua. Proibiram impor limites aos delinquentes por considerarem isso uma violência, uma barbaridade.Mercadante e Anastasia vocês que deveriam ser ESPANCADOS!ESTA É A REALIDADE HOJE DOS PROFESORES MINEIROS!ENFIA SEU SUBSIDIO NO C...
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