O estado é o novo lobo do homem. Mas até onde vai esse lobo?


Por onde andará o Lobo mau?



Há uma agitação contumaz no meio da categoria após o encerramento  da greve: o medo que antecede a famigerada negociação com o governo do Estado : O estado é o novo lobo do homem. Mas até onde vai esse lobo? Até onde manda esse lobo alfa abstracto e jurídico, jurígeno?!


 Mas algumas questões tem que ser tratadas aqui com a seriedade e serenidade que tem que haver entre as partes negociadoras: não saímos da greve para que houvesse manipulações sejam elas de quem for: do sindicato ou do governo. Saímos da greve porque o comando geral de greve analisou a proposta governamental e nela estava contida/ inclusa: o Piso Salarial, a anistia, o pagamento dos salários solapados durante  a greve. Direito este,  estabelecido na Magna Carta: o Direito de Greve e de sobrevivência.

Não é concebível imaginar que grevistas não terão os dias pagos, porque isto é moralmente e constitucionalmente  impossível. Beatriz saiu da reunião com os representantes do governo com estes pontos alocados e após o Conselho Geral apresentou a proposta de trégua para a categoria.  Se estes pontos não estivessem claros a trégua não se daria, pelo contrária, acirraria, porque estavam lá pessoas dispostas a qualquer coisa para mitigar a dor da categoria em fúria e fome e sede de vencer.


Mas já li em blogs renomados junto à categoria que há possibilidade do não pagamento dos dias parados. Escreveram sobre esta possibilidade( mas pelo que entendi isto já havia sido acordado entre as partes) Cogitou-se também de buscar alternativas como cesta básica, etc. Li e não engoli. Como assim,? Seria muita irresponsabilidade não garantir o salário dos grevistas do Estado. Seria o absurdo dos absurdos. Neste caso a cesta básica teria que sair da cruz vermelha, da ONU, do governo federal, do sindicato, menos de nossas ações coletivas, porque em tese o lobo teria nos devorado literalmente.


Mas como não gosto de especulações desnecessárias , prefiro analisar textos mais profundos e segue aqui alguns pontos abordados por otto em um texto: O LOBO DE PLAUTO E HOBBES.
http://ottocgribel-baudelaire-antilhas-byron.blogspot.com


 O estado é o lobo do homem : paráfrase de Hobbes quando ele assevera : "Homo homini lupus"; contudo, a frase é de Plauto : " Lupus est homo homini non homo". Sem embargo, Plauto usa da comédia para dizer isso : que o homem é um animal e come o outro homem, pois tem a mesma natureza animal do famigerado lobo faminto, famélico, famoso por suas perversidades e astúcias nas fábulas de Esopo.


Bem, sentimos na pele a ação deste Lobo nesta longa greve de 100 dias, mas questionamos as suas ações e em tese conquistamos um acordo assinado pelo Sindicato, legislativo e governo, salvando  os principais pontos. É nisto que repouso, o resto é conversa fiada.


Trocando em miúdos : o lobo é o governo, sendo o estado o governo também. Não existem homens de estado ou estadistas, mas homens-estados, que existem em determinados momentos e num certo tempo, num espaço ou território que é vasto, transcende ao território físico imanente da geografia e vai ao cultural, linguístico, logístico, ritualístico, filosófico, tecnológico, policial, etc. 


Claro que este poder( mesmo que vasto) pode ser questionado e isto foi feito durante a greve, colocando em xeque  este partido : O PSDB , haja visto o apoio da população à nossa causa.


No entanto, como nesta "fábula" o lobo é o estado, até onde vai esse poder do lobo sobre o homem? Ele devora o homem? E por fim: por onde andará o lobo mau?!...


Está aí a pergunta? até agora sem resposta .....

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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