GREVE em Minas- Beatriz dá o recado!

Você tem fome de quê?


Você tem fome de quê?( texto extraído do blog de Beatriz Cerqueira) Reflitam companheiros!!!

 

 

Nesta segunda-feira, a partir de 16:30, dois companheiros, Marilda - professora de Ciências na cidade de Divinópolis, da comissão de negociação do sindicato e da Secretaria de Organização da CNTE - e o Abdon, chamado carinhosamente de "Bidu" pelos amigos, Assistente Técnico lotado na Superintendência Regional de Ensino de Varginha, membro da Direção Executiva da CUT Minas - iniciaram uma greve de fome por tempo indeterminado. Por ser por tempo indeterminado, eles dormem nas dependências da Assembleia Legislativa.
Se colocar à disposição de um movimento coletivo como a nossa greve com uma ação individual como os dois companheiros fizeram merece o nosso reconhecimento.
Aqui não se trata de uma competição para identificar quem é mais combativo, ou identificá-los de qual "núcleo" eles pertencem. Trata-se de um ato de protesto para abertura das negociações.
O Governo do Estado insiste em apresentar números para dar a idéia de uma greve com baixa adesão. Por isso tentou trabalhar a idéia de que a categoria voltou a trabalhar nesta segunda-feira. Além disso, a Secretaria de Educação chegou a divulgar um "calendário de reposição". Precisa ser muito submisso e desrespeitoso com o colega que está na luta para aceitar qualquer calendário enquanto a greve continua. Esta idéia de calendário somente acontecerá se a categoria aceitar. A greve continua com adesão em todas as regiões do estado e a decisão do Desembargador não trouxe o impacto negativo que o Governo esperava.
Durante as últimas assembleias eu abordei a mesma questão: quem abandona a luta e volta para a escola, além de contribuir para fortalecer o governo do estado (por isso ele já agradeceu publicamente) fica vulnerável para sofrer penalidades. O governo recua em relação às penalidades quando a categoria se mantem unida. Vários colegas postaram questionamentos relativos à suspensão de férias prêmio, designados impedidos de realizar reposição, designados impedidos de concorrer à designação. Estes são alguns exemplos de ações de punição. Não consigo entender como as pessoas aceitam estas punições e ficam pacificamente na escola. Sem salário as pessoas já estão e voltar agora, não garante o salário no próximo mês.
A pergunta que me fazem é: "o que fazer?". Vou responder: volte para a luta coletiva, fortaleça a nossa greve.
Postado por Beatriz Cerqueira às 18:53

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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