terça-feira, 20 de setembro de 2011 |
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Você tem fome de quê?
Você tem fome de quê?( texto extraído do blog de Beatriz Cerqueira) Reflitam companheiros!!!
Nesta
segunda-feira, a partir de 16:30, dois companheiros, Marilda -
professora de Ciências na cidade de Divinópolis, da comissão de
negociação do sindicato e da Secretaria de Organização da CNTE - e o
Abdon, chamado carinhosamente de "Bidu" pelos amigos, Assistente Técnico
lotado na Superintendência Regional de Ensino de Varginha, membro da
Direção Executiva da CUT Minas - iniciaram uma greve de fome por tempo
indeterminado. Por ser por tempo indeterminado, eles dormem nas
dependências da Assembleia Legislativa.
Se
colocar à disposição de um movimento coletivo como a nossa greve com
uma ação individual como os dois companheiros fizeram merece o nosso
reconhecimento.
Aqui
não se trata de uma competição para identificar quem é mais combativo,
ou identificá-los de qual "núcleo" eles pertencem. Trata-se de um ato de
protesto para abertura das negociações.
O
Governo do Estado insiste em apresentar números para dar a idéia de uma
greve com baixa adesão. Por isso tentou trabalhar a idéia de que a
categoria voltou a trabalhar nesta segunda-feira. Além disso, a
Secretaria de Educação chegou a divulgar um "calendário de reposição".
Precisa ser muito submisso e desrespeitoso com o colega que está na luta
para aceitar qualquer calendário enquanto a greve continua. Esta idéia
de calendário somente acontecerá se a categoria aceitar. A greve
continua com adesão em todas as regiões do estado e a decisão do
Desembargador não trouxe o impacto negativo que o Governo esperava.
Durante
as últimas assembleias eu abordei a mesma questão: quem abandona a luta
e volta para a escola, além de contribuir para fortalecer o governo do
estado (por isso ele já agradeceu publicamente) fica vulnerável para
sofrer penalidades. O governo recua em relação às penalidades quando a
categoria se mantem unida. Vários colegas postaram questionamentos
relativos à suspensão de férias prêmio, designados impedidos de realizar
reposição, designados impedidos de concorrer à designação. Estes são
alguns exemplos de ações de punição. Não consigo entender como as
pessoas aceitam estas punições e ficam pacificamente na escola. Sem
salário as pessoas já estão e voltar agora, não garante o salário no
próximo mês.
A pergunta que me fazem é: "o que fazer?". Vou responder: volte para a luta coletiva, fortaleça a nossa greve.
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