O Amor na Pós-Modernidade ( Marly Gribel )

Os amantes quadro de Ivan Gribel
O amor em todas as épocas, sempre foi tema de poemas, pinturas e músicas. Em cada momento, artistas e portas recriaram de forma original, a maneira de amar de seu tempo. A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial em curso e a afirmação do capitalismo como sistema, podemos perceber alterações substanciais na forma das pessoas vivenciarem o amor, tomando formas diversas com a mesma rapidez dos avanços tecnológicos. E nos perguntamos atônitos, o porquê de tantas alterações nas formas de relacionarmos hoje?
Do ponto de vista histórico, com a revolução industrial, um desequilíbrio surge nas relações sociais: a máquina passa a ocupar o espaço do homem nas relações sócio-econômicas causando um profundo impacto na ordem estabelecida até então. O universo de referência daí pra frente será o capital; o homem ficará numa encruzilhada, ficando a mercê das exigências globais do sistema.
A priori, recusamos o novo "Status Quo" e exemplo clássico de resistência foi a década de 60, que tentou romper não só com as velhas estruturas mentais(racismo, sexualismo, machismo), mas também com as questões políticas e econômicas em curso( capitalismo, socialismo soviético). Foi um movimento importante, mas meteórico. A partir daí iremos vivenciar o Pós-Modernismo, com destaque especial para o desmonte das grandes temáticas do tempo, da mémoria e do passado, refletindo drasticamente no esmaecimento dos afetos, no descaso com as questões sócio-econômicas-ambientais. O amor em todas as suas formas, esvazia-se de seu conteúdo crístico, humanístico; desfigura-se num mundo de segregação, vivido como um inferno por quatro quintos da população mundial.
Félix Guattari chamara a atenção para isso, destacando que as máquinas tecnológicas de informação e comunicação operariam no coração da subjetividade humana, não só na sua memória, inteligência, mas também na sua sensibilidade, nos seus afetos. As consequências já conseguimos vislumbrar: homogeneização, inércia petrificante, hipnose telemediática e uma infantilização maciça da humanidade.
Diante do exposto, não seria necessário e urgente nos reiventar a cada dia ? e, dizer como Italo Calvino: " Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser continuamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis!"
Retomar essas questões e debatê-las em todas as instâncias é o propósito deste blog, na tentativa de reescrever uma nova História ( Marly Gribel)

3 comentários:

  1. GOSTEI MUITO DO SEU TEXTO E DO QUADRO TAMBÉM: QUE QUADRO MARAVILHOSO!

  1. Marly Gribel disse...:

    obrigado querida, o quadro é do meu irmão que é pintor. Veja mais no blog do ivan gtibel

  1. Anônimo disse...:

    Marly Sou eu Gilberto Pirapora mg, quando sobrar um tempinho visite os blogs Da Marina Mara DF e Sensibilidade são pessoas como você, cabeças... Ok! Mando um grande abraço de Lucimar e Gilbert para todos ai em Moc. saudades.

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Professora de história, pós - graduada em história geral pela UFMG e em Novas Tecnologias na educação pela UNIMONTES.

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